Ao nos tornarmos mães, uma grande espiral de
energia brota no centro da nossa existência e mares até então navegados, jamais
serão os mesmos.
É benção, é impacto, é reflexão sem fim, são
dúvidas, são novos humores, é a busca do novo encaixe, é o olhar para o mundo
que vira outro.
O exercício de educar, o filtro da ética que fica
mais apurado que nunca, os valores que precisam ser reformulados, o esforço
grandioso para que a comunicação chegue clara e vibrante, aos pequenos grandes
corações dos nossos rebentos!
E os nossos hábitos então? Ah, me diga se não parecíamos viver em outro
planeta?
O que passava despercebido, hoje carece de
cuidadosa atenção.
E cada uma vive a maternidade de uma maneira
conforme o seu DNA celeste, sua nossa história pessoal, seu DNA biológico,
complexos ancestrais que vão se perpetuando, como foi o ambiente que nos
recebeu, se tivemos o suficiente para podermos nos desenvolver através da
infância, adolescência, vida adulta.
Sim, temos um concentrado/modelo/padrão de energia
que nos acompanha desde o nascimento e é isso que nos torna singulares!
Muito se vê sobre as nossas crianças e pouco sobre
a mãe desta criança. Atrevo-me a falar em mãe e não em pais porque é gritante o
acúmulo de funções e responsabilidades reservadas às mães ou a quem desempenha
este papel.
Não incluo aí todos os homens, é óbvio. Mas o que
mais se observa é o “pai que ajuda” e não o pai que divide a existência dos
filhos e toda esta demanda em equilíbrio, com a mãe.
Eu estou na segunda rodada, sou avó.
Quando eu era mãe de criança pequena sequer
percebia esta sobrecarga, era como se fosse natural ir tocando a vida com a
língua de fora.
E obviamente que não precisa ser assim. E que este excesso para um dos lados impacta
demais com responsabilidade, cansaço, dúvidas.
Nada disso contamina o até então desconhecido
descomunal afeto que temos pela cria. Não se trata disso, antes que aponte e
torça o nariz.
Mas me pergunto se esta mãe é ouvida, se imagina
que possa ser ouvida, se de verdade alguém percebe que ela também é mãe
recém-nascida e como tal precisa de amparo.
A maternidade destampa muitas emoções e porões e
isso segue pela vida afora. Nada é mais intenso, visceral e ocupa cada célula
do nosso ser para sempre.
Fazer outra pessoa no meio das suas entranhas é
muita coisa.
Como já falei outras vezes, este é o tema da minha
vida: maternidade, infância, memórias, bebês, casa, ninho, acompanhar o
percurso de um ser conhecendo o mundo, descobrir seu olhar para a vida, nossa
Criança Interior.
E tenho pensado muito nas mães.
Quando leio o Mapa Astral Infantil, percebo o
quanto esta leitura faz um mix com a intuição, como faz pontes, como de certa
maneira suaviza, quando na sequência existe a identificação de que aquele é de
fato o seu rebento, cujo céu se abre para um mais amplo entendimento.
Tenho observado mães apaixonadas e exaustas,
distantes delas mesmas. Mães que cuidam e amam 24h/24h, que se desdobram em
tarefas, reflexões, dúvidas e amor.
Com suas próprias infâncias e Criança Interior,
abaladas pela maternidade.
E sempre que posso, pergunto: “Ei, você sabe onde
dói”? Sabe o que em você geme por cuidados, às vezes tão baixinho, que nem
escuta direito? Há quanto tempo desistiu de tentar entender ou sentir mais
fundo este chamado?
Cuide da saúde do seu corpo e da sua alma.
Compreenda como sistema, alinhavado que é e não blocos isolados. Oxigene a dor,
deixe que ela a atravesse, procure seguir sua ondulação, não coloque força e
tampouco resistência.
Feridas profundas podem purgar, lembrando tudo o
que te falta. Presença, apoio, toque, calma. Faltou?
Ser mãe do mundo.
Isso te diz alguma coisa?
Ventre/coração disponível, pronto para acolher. E
quem te acolhe? Como precisa ser cuidada, você sabe? Já havia imaginado que também
pode e deve ser cuidada? Sim, acredito que mesmo quando tudo sai diferente do
que imaginamos ser o correto, isto também é doação, mesmo enviesada, do jeito
que menos gostaríamos.
Perceba as suas necessidades emocionais. Como pode
acreditar que ao perceber e suprir tão bem as necessidades dos outros passaria
impune em relação às suas? Ninguém pode nutrir verdadeiramente sem estar
nutrido.
Essas questões, de uma maneira ou de outra, poderão
vir à tona para que sejam examinadas de perto e ganhem consciência para que
então possam ser integradas em sua vida.
Ler o céu dos nossos pequenos nos leva de alguma
maneira ao nosso momento lá no início. É como um despertador que vai tocando ao
longe até chegar com seu som bem pertinho.
E depois disso, uma por uma, as feridas deverão ser
reconhecidas e acalentadas. Primeiro uma, depois a outra, até que possa
compreender que elas têm a mesma raiz, os primeiros tempos da nossa chegada.
Para mim, esta chegada é base de tudo.
Para o filho recém-nascido, para a criança, para a
mãe eternamente recém-parida em sua tarefa de apresentar o universo a quem
gestou nas suas entranhas.
De alguma maneira, a leitura do Mapa Astral
Infantil, é um jeito de enriquecer esta chegada e este estar no mundo das nossas
crianças, ampliando o entendimento que temos de cada uma.
Abraço apertado e solidário aos que acolhem e aos
que se deixam acolher.
PROMO MAPA ASTRAL INFANTIL - DE SEGUNDA-FEIRA 17 até SEXTA-FEIRA 21.
Na segunda, as orientações práticas.
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