As águas, simplesmente seguem.
Sem contornos, talvez buscando algo que lhe dê limites, talvez não.
Lá por dentro, reviramos, pois é ela a responsável por identificarmos nosso sentir.
Uma imagem nada poética: dentro de uma máquina de lavar nos deixamos levar por seus movimentos que acreditamos eficientes ao menos para nos levar o limo que cola na pele de quem faz sempre igual.
Para lá e para cá, esses movimentos podem nos triturar, mesmo se nos transformarmos em algo macio e que não oponha resistência.
Como pode apenas tirar nossos excessos/ águas/sensibilidade/enxague/torção.
Nestes tempos de Vênus retrô em Escorpião, o mergulho nas profundezas é sem descanso.
A cada inspiração profunda um tesouro é encontrado, uma lembrança, uma foto desbotada na memória, aquele olhar que você trocaria por um rim e meio para ter novamente.
E aí, a cada retorno até a superfície, os retalhos do viver nos contam nossa história.
Alinhavamos uma nova composição, nosso manto de proteção e liberdade. A depender se com ele nos abraçamos ou se com ele abrimos nossos braços do tanto que nosso coração e nossa clareza derem conta.
E sempre e mais uma vez e de novo e de novo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sinta-se a vontade para postar sua opinão, ela é muito bem vinda!
Comentários ofensivos serão removidos.