Muitas vezes não precisamos lançar um olhar mais demorado sobre determinada situação para compreendê-la. Em outras, todo cuidado parece pouco.
Por agora, não se apresse, acalme seu impulso, permita-se tempo antes de ir por aqui ou por ali, antes de achar isto ou aquilo.
O conjunto da obra é fundamental ponto de referencia, interligado com tudo e todos pela trama do invisível.
Assim nos pedem as relações.
O velho modo de entendimento não nos serve mais mas ainda não temos nada assim tão claro para colocar em seu lugar.
A situação gera desconforto ao ponto de criarmos um intenso fado diante de fatos que até então passavam desapercebidos.
A intimidade parece ter ido embora de muitos recantos, praticamente sem despedir-se, ao mesmo tempo em que no fundo sabemos que é apenas um pedaço do caminho de agora.
Ter esta noção, pode nos salvar. Mesmo no meio de tremores do solo que supostamente nos dava segurança e dos tremores da alma.
Da dificuldade em encontrar a palavra correta que não deixa certas situações na mão, palavra que dá sentido ao que vai dentro, que dá contorno.
Tem hora que a coisa desencaixa e rodopiamos com algum tédio.
Mas, temos tatuado na pele o saber de que a vida segue, mesmo desconhecendo o próximo passo.
Perdemos a ilusão desse controle, tem se dado conta?
E está tudo bem.
E é assim que é.
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