E as coisas têm vindo à tona, tornando as evidências tão claras, que se torna praticamente impossível não introjetá-las, não entendermos que estamos cara a cara com cada uma.
Como num palco que vai mudando o fundo, vivemos o que nos pertence ou não.
Nos vemos diante de uma vibração única, talvez meio assustados, ao percebermos nossos sentimentos e as mudanças que sofremos.
O fato é que amadurecemos e ousamos enxergar isso.
Vênus em tensão com Marte pulveriza questões pertencentes ao masculino e ao feminino, amor e sexo, desejo e necessidade, o que permitirmos e a não entrega, o quanto estou disposto a abrir minhas fronteiras ao outro sem me perder de mim?
Essa dupla nos tira o sossego e também nos apresenta prazeres, mas a consciência adquirida não nos permite passos em falso, nos tira o tesão quando já não temos a habilidade de nos contarmos histórinhas.
Existe vínculo? Festa! Não existe? Lamento, mas não é possível criar artificialidades para convencer nada nem ninguém.
Quando nos percebemos conscientes, fruto de árduo trabalho, sabemos de cada pedacinho percorrido.
Mas ao mesmo tempo, é louco nos sentirmos distantes da nossa costumeira roda da neura, apego, repetitiva e agora talvez ao caminho do vazio.
Que é apenas um pedaço da história. O restante será construído baseado na experiência e não nos escombros.
Este aspecto pode sim provocar aproximações que tenham o potencial de virar o jogo saudavelmente.
Mas se não acontecer, trabalhe a aceitação de que o que imagina, ficou no deserto. Calor escaldante, que venta chuva de areia e ajuda a levar embora o que não importa mais.
Mesmo que você não saiba ainda. Mesmo que apenas desconfie.
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