OLHA PRÔ CÉU Sábado, 11.

 

 

Hoje temos um encontro potente no céu, entre Vênus/Afrodite e Plutão/Hades,  Senhor do Submundo, ambos no signo da Cabra com rabo de peixe.  

Vida e Morte, Tânatus e Eros, ambivalências que correm nas veias do que é humano, primitivo, instintivo.

Êxtase e agonia, intensidade que sai pelos poros, se não for assim simplesmente não quer. Amar assim, é como sobreviver a cada minuto.

Vênus aqui envolve, enfeitiça, simula uma entrega que talvez não aconteça.

Plutão navega por mundos subterrâneos, cutuca a morte, quer o controle, incansável, transforma, regenera, removendo as pedras rígidas do que foi trazido e perpetuado e que não faz mais o menor sentido.

Energia repleta de segredos, de tesouros bem guardados, mas pode exaurir por tantas crises e tentativas.

A energia infinita alcança os negócios, os recursos que podem ser reavivados como quem vai ali resolver uma coisinha e já volta.

Esta energia Vênus Plutão, é aquela que faz do que ninguém mais quer e valoriza, algo de muito valor. Vê possibilidades onde ninguém vê nem um microponto de luz.

Mas o Universo sabe do que a Deusa do Amor e o Senhor do Mundo Subterrâneo são capazes e o pedido é que criativamente se encontre uma brecha, capaz de transformar o que é de valor para cada um, o que se considera seu “bem”, que tanto pode ser material quanto um sentimento de rasgar a carne.

Tudo isso, precisa buscar e encontrar um outro jeito de existir.

Também através de outro olhar, voltado a um assunto mais mundano que pertence a Vênus, mas que de mundano não tem nada já que tudo nos representa e faz parte.  Falo das finanças e dos valores.

Essa dupla quando se junta enlouquece de felicidade com medidas que visem a poda do que é excessivo.  Aqui, o dinheiro precisa ser respeitado, bem utilizado, valorizado, recurso que não aceita um desaforo sequer.

Se a atitude for de contenção, de permanecer no que é necessário de fato, sem enrolação, está tudo certo. Mas, se escorregar no déficit da vida, não vá sonhando que rapidamente conseguirá sanar sua distração com um empréstimo que seja, porque acredite, não vai.  O preço do descuido, do deixar para resolver depois e se divertir agora ou agir sem pensar,  será muito caro, tipo bola de neve daquelas.

O que é justo? O que é economicamente viável? O que é de fato necessário? O que é fundamental ser transmitido em termos sociais e éticos? Como desenvolver uma visão crítica e mais justa da maneira como nos organizamos?

Se experimentar viver economicamente, justamente, sem ganhar uma distensão à toa se esticando todo, querendo o que a mão não pode alcançar, está tudo certo e nada faltará.

A dupla espera por organização, planejamento, administração dos recursos  existentes.

Olhe para seus apegos, para aquilo que não quer soltar nem com reza brava, mas que sabe não ter mais vitalidade.

Dê este passo. Pode ser bem duro, eu sei. Como diz uma amiga, que até já citei numa outra postagem, desse porão, conheço todos os ratos.

Imagem 

Colagem partir da imagem de Amanda Scott representa a cena mitológica do sequestro de Perséfone por Hades.

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