A partir da madrugada (04h24m HB) a Lua estará em Câncer, mangue do caranguejo e signo em que faz a sua morada.
Revirando alguns escritos hoje, encontrei um texto sobre o dia 05 de março 2020, em que acabaram-se as férias. Clara, minha filha e Jasmine minha neta, voltaram para a casa delas no país das MG. Covid era algo quase distante, um pitaco aqui outro ali e quando nos despedimos firmamos o próximo encontro, que seria no final de abril em BH no niver de 04 anos dela. Nesse meio tempo o mundo virou de ponta cabeça e o encontro mesmo aconteceu apenas no final de 2021. Em julho vieram por 04 dias, mas confesso que não deu nem para matar um milésimo da saudade.
Bom, neste cinco de março a Lua também estava em Câncer e resolvi usar este texto para falar da energia da grande dama prateada num relato/vivência/coração na mão.
“Lua em Câncer no céu, Sol nos Peixes, aguaceiro que se infiltra em nosso coração esbarrando em vulnerabilidades, fazendo imã com a sensibilidade até trazê-la à flor da pele, tornando-a mais que viva, exposta.
A Lua em Câncer, confortavelmente em casa, me tira do meu próprio lugar interno e me deixa também reaprendendo a reocupar um espaço que por ligeiros setenta dias, muito mais ligeiros do que meu desejo de tê-la por perto, foram compartilhados com minha flor de Jasmim.
São muitas e muitas horas por dia de sonora alegria, conversê, beijos, abraços, declarações de amor, gigante tirania também e encanto sem fim.
A poucos meses de completar quatro anos, sua percepção é feito lâmina brilhante e afiada. Busca em cada um o que sabe ter de melhor.
Tá a fim de deixar seu Sol taurino contente em sua sensorialidade? Dê a deixa para buscar tintas, miçangas, papéis com brilho de estrelas, água com farinha, revirar gavetas, procurar minhas meias coloridas e exportá-las para BH, assim como meu edredom que se criou comigo e que "é o melhor do mundo, vovó"!
Quebra os ovos para as receitas, faz caretas qdo. algo sai errado e comenta: - " Não tem problema, né?"
Vivemos emboladas no corpo a corpo. Logo que abre os olhos sobe ou eu desço antes dela acordar e começamos.
Se encanta com histórias baseadas em personagens reais. Saber, por exemplo, que Malala ou Frida Kahlo andam e andaram por aí arregala seus olhos. Mostro fotos e ela vai encaixando as informações dentro dela.
É companheira para tudo, mas uma ditadora mirim com assustador potencial.
O dia vira maratona puxada e peço à natureza meia hora de silêncio. Mas é como se me respondesse que não trabalha com este produto neste canto da praia.
E aí invento tempo para dar conta do concreto, afinal, temos madrugadas!
Deitamos na rede juntas, deste que era uma mini menina recém-chegada.
A Lua em Câncer me relembrou o quanto amo e preciso desta proximidade, cheirar, cozinhar a obsessão da vez - macarrão de letrinhas - trocar ideias, cantar!
A Lua em Câncer me relembrou que certa rotina vai bem, logo eu que não aguento um aprisionamento.
Viver ao lado da pequena é conforto na existência e o sentimento mais preciso de que estou exatamente onde deveria estar.
Você me emociona, você me faz agradecer ao arquiteto lá de cima, diariamente por ser da minha vida. Queria que morássemos na mesma cidade, para abraçar, beijar apertado, olhar nos olhos sempre, levar e buscar, passearmos a cidade, te contar histórias a qualquer hora ou antes de dormir.
Ô bichinha!
Minha personal, me acabo para acompanhar, mas com algum tempo de sono já está tudo certo!
Mas demorar para te encontrar, morar longe?
Ah... Só pode ter sido distração do universo.
Acho que veio no mesmo bolo de loucura que tem rolado solta por aí.
Não faz sentido. Amor, nasceu para viver lado a lado.
Amo você como quem lambe a cria, como quem colhe flores com perfume que embriagam e também como quem escolhe suaves flores do campo.
Bô (é assim que ela me chama).
05 março 2020
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