DA SÉRIE “ATEMPORAIS”, TENHO ME VOLTADO PARA REFLEXÕES CUJA TEMÁTICA SEJAM OS RELACIONAMENTOS, JÁ QUE LOGO MAIS TEREMOS UM ASPECTO TENSO ENTRE VÊNUS E URANO.
Existem encontros que são impactos eternos e que seguem existência
adiante.
Tempestades acompanhadas por todo tipo de sentir, e também solitárias
despedidas, rasgam a carne e a alma sem cerimônia.
E um dia, parece ter passado.
A lógica, a razão, aquela conta que fecha, tudo isso pode tornar a VIDA
menos desgastante, fato.
Quando se dá conta, nunca mais somatizou, seu corpo não dói mais. Uau
que coisa mais impressionante!
O sentimento, parece ter cumprido seu destino.
Inacreditavelmente, a sofrência se foi, diante de fatos e percepções que
viraram montanhas, com jeito de intransponíveis.
Agradecer a todo cosmos, santos, deuses, orixás, natureza, divina
providência, parecia pouco. Afinal, escapei com VIDA! Aprendi a viver, sem o
abraço salvador.
Devo ter rezado menos do que o necessário.
E como quem não quer nada, num momento aqui, outro ali, te encontro em
detalhes e no silêncio, que pensei, haviam perdido a força.
E tudo se revira de novo.
Você não me vê, sou desvio de percurso, respiro perto meus talismãs e
sigo ainda mais invisível para você.
Na minha lista de pendências, de toda ordem, com tudo e todos, existe apenas um item - a conversa que ficou faltando, olho no olho.
Deveria te agradecer por nunca ter vindo. Só que não.
Fim.
PS- É autobiográfico? Sempre é, tudo é. Mesmo qdo. ficção.
Mônica Bergamo
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